sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ELEIÇÃO

PROVAS HISTÓRICAS E BÍBLICAS DA EXISTÊNCIA DA DOUTRINA

Texto: Rom 11:5-7.
Introdução 
        As controvérsias histórica quanto à doutrina da eleição e ao ensino do livre arbítrio remontam aos anos 350-400 da era cristã. Começou numa discussão entre Pelagio e Santo Augustinho.
 No período da Reforma a batalha continuou. Erasmo um teólogo católico escreveu um livro titulado: “Vontade livre”, mas Lutero o combateu escrevendo sobre a “Vontade cativa”. No século 16 os discípulos de James Arminius protestaram a favor da doutrina de seu mestre querendo oficializar na Holanda a doutrina arminiana. Os discípulos de Calvino reagiram e deu origem ao que se chama até hoje “Os 5 pontos do calvinismo”.
O pensamento arminiano foi assim resumido:

1. O homem nunca é de tal modo corrompido pelo pecado que não possa crer [salvificamente] no Evangelho, uma vez que este lhe seja apresentado;
2. O homem nunca é de tal modo controlado por Deus que não possa rejeitá-lo;
3. A eleição divina daqueles que serão salvos alicerça-se sobre o fato da previsão divina de que eles haverão de crer, por sua própria deliberação;
4. A morte de Cristo não garantiu a salvação para ninguém, pois não garantiu o dom da fé para ninguém (e nem mesmo existe tal dom); o que ela fez foi criar a possibilidade de salvação para todo aquele que crê;
5. Depende inteiramente dos crentes manterem-se em um estado de graça, conservando a sua fé; aqueles que falham nesse ponto desviam-se e se perdem.
A reposta calvinista pode ser resumida assim:
1. Depravação total. [“Devido à queda, o homem é incapaz de, por si mesmo, crer de modo salvador no Evangelho.”]
2. Eleição incondicional. - [A escolha divina de certos indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo, repousou tão somente na Sua soberana vontade.]
3. Expiação limitada - [A obra redentora de Cristo foi intencionada para salvar somente os eleitos e, de fato, assegurou a salvação destes].
4. Graça irresistível - [Além da chamada externa à salvação, que é feita de modo geral a todos que ouvem o evangelho, o Espírito Santo estende aos eleitos uma chamada especial interna, a qual inevitavelmente os traz à salvação].
5.  Perseverança dos salvos - [Todos aqueles que são escolhidos por Deus e a quem o Espírito concedeu a fé, são eternamente salvos. São mantidos na fé pelo poder do Deus Todo Poderoso e nela perseveram até o fim. Os cinco pontos do calvinismo]
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Provas histórica da doutrina batista da eleição

        Nós os batistas herdamos esta doutrina dos reformadores e dos puritanos. Os separatista ingleses eram  batistas particulares (expiação limitada 1633).
        A Confissão de Fé Batista de 1644; 1677; 1689 e sua reimpressão no tempo de Spurgeon (1834-1892) revela a posição dos batista por mais de 200 anos. Vejam uma estrato da confissão de fé batista de 1689 (C. de Fé p.  26).
        A Mensagem Batista de 1925 revisada em 1963) - diz no cap. V que fala sobe o propósito da graça de Deus:  

A eleição é o propósito gracioso de Deus, de acordo com o qual ele regenera, santifica e glorifica pecadores. É coerente com a livre agencia do homem e compreende todos os meios relacionados com o fim. É a gloriosa demonstração da bondade soberana de Deus, que é infinitamente sábio, santo e imutável. Exclui o orgulho e promove a humildade.     (Convenção Batista Do Sul EUA)

Desta forma podemos afirmar historicamente que os batista sempre mantiveram esta posição Bíblica.

 Provas Bíblicas da doutrina da eleição

1. Jesus e a eleição - Em Marcos 13:20 Jesus fala de dias de sofrimentos sendo abreviados por causa dos eleitos de Deus. No verso 22, Jesus fala que os falsos professara se possível enganaria até os próprios “eleitos”. No v. 27, Jesus fala que em sua vinda os “eleitos” serão reunidos em sua presença. Em Lucas 18: 7 Jesus diz que Deus fará justiça aos seus escolhidos que oram a ele dia e noite. João 6:37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim [...] 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; [...] v.65-66. João 15:16,19.
  Os livros de 1Pe 5:13 e 2Jo 1:1 falam dos Eleitos com sendo um modo dos crentes serem tratados.

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2. Paulo e a eleição - (Rom 8:29) “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. Rom 9:11 “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal ( para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama )...” Rom 11:5 “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. 6 E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. 7 Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos...”.
Ef 1:4 “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado 11 nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo.
2 Ts 2:13  Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.

Os propósitos da Eleição

1.  Propósitos primários - para louvor da gloriosa graça de Deus. “...e em amor nos predestinou [...] para louvor da glória de sua graça”. (Ef. 1.5,6.) “Nele, fomos [...], predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12 a fim de sermos para louvor da sua glória [...]. (Ef. 1.11-12)

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2. Propósitos secundários.
· Para sermos salvos, santos e irrepreensíveis.
“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo”. (2 Ts 2:13,14). 
· “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele”. (Ef 1:4)
· Para sermos como Cristo - semelhante a Ele.
(Rom 8:29) Deus os “predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Ele não nos elegeu para vivermos como o mundo vive. (Fl. 2.15)
“Não vos amoldeis aos perdões deste mundo, mas transformai-vos pela renovação...”. “Rom. 12.2)

A NECESSIDADE DA ELEIÇÃO 
A eleição torna-se necessária pelos menos por 4 razões:
1. Porque todo homem sem Cristo estar morto em seus pecados. Gen. 2.17. Ef. 2.1. Ro. 5.8.
E assim a natureza humana não quer buscar a Deus. Jo. 5.40. Ro. 8:5-8.
2. Porque todo homem é por natureza escravo do pecado. (Jo. 8: 34,32, 36)
3. Porque nenhum homem pode crer e escolher a Deus por sua própria vontade, embora, jamais alguém virá a Ele de contra vontade.
Primeira razão -  em última instância o que o homem natural deseja é Deus. Jo. 5.40. Veja o que a escolha de Adão antes do pecado! (Gen. 2.17. 3:1-3)
Segundo, porque eleição não depende de nada que o homem faça, nem mesmo da “fé” previstaDizemos isso porque entendemos que a fé é um dom de Deus. (Ef. 2.8) e porque a eleição precede à fé. “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade”. Tit 1:1 NVI. “[...] “Fé que é dos eleitos de Deus” (ARA) E também “...porque a fé não é de todos”.

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(2Ts 3:2). Paulo, diz ainda em 1 Coríntios 1:30 que “É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus... (NVI)
4. Por que há um intercâmbio entre o Pai e o Filho na atração dos pecadores a Deus.
João 6:37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. v.65-66. João 5: 40 Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.

Conclusão

Primeiramente - A Eleição trás ao crente um senso de humildade e dependência de Deus. Ele não pode se orgulhar de ser um eleito. Porque “isto não vem de vós é dom de Deus”. (Ef. 2.8. 1 Pd. 5.6.) Ele entende que tudo que tem vem do Senhor. E por isso se si gloriar, gloriar-se no Senhor. (Jr. 9.23-24)
Segundo, a eleição trás segurança, convicção e ousadia ao crente de modo que este pode dizer: “Que diremos pois diante dessas coisas? Se Deus é por nós quem será contra nós?”. (Ro. 8:28-39)

Ele não se deixa vencer pelo medo porque tem consciência de que seu Deus se assenta sobre o trono do universo e reina sobre tudo e sobre todos. Não cai um só folha sem sua ordem. O  Deus que sustenta uma bolha sobre o vento é o mesmo que sustenta a terra, céu, o mar e tudo que ele criou.
E o santo sabe que é eleito de Deus. Ele sabe que aquele que conta os fios de cabelos de nossas cabeças, e que chama todas as estrelas pelos seus pespectivos nomes, “garante o [nosso] futuro”. (Sl. 16.5)
Os santos estão ativo e esperançosos pelo fato de Deus os ter escolhidos e garantido sua preservação para sempre. (Rom. 8:38-39)
Alegre-te eleito, pois sua causa estará de pé em Deus. Amém!.

[Foi prega na igreja Boas Nova cujo pastor é o Carlos Alberto]


Esse material estar na forma de folheto e ainda estar em desenvolvimento. Posteriormente publicarei o livro intitulado: “C.H. Spurgeon e a doutrina da eleição”. Já estar escrito! Ore para que logo possamos publicá-lo de alguma forma para que muitos o leiam. 

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