ELEIÇÃO
PROVAS HISTÓRICAS
E BÍBLICAS DA EXISTÊNCIA DA DOUTRINA
Texto: Rom
11:5-7.
Introdução
As
controvérsias histórica quanto à doutrina da eleição e ao ensino do livre
arbítrio remontam aos anos 350-400 da era cristã. Começou numa discussão entre
Pelagio e Santo Augustinho.
No período da
Reforma a batalha continuou. Erasmo um teólogo católico escreveu um livro
titulado: “Vontade livre”, mas Lutero o combateu escrevendo sobre a “Vontade
cativa”. No século 16 os discípulos de James Arminius protestaram a favor
da doutrina de seu mestre querendo oficializar na Holanda a doutrina arminiana.
Os discípulos de Calvino reagiram e deu origem ao que se chama até hoje “Os 5
pontos do calvinismo”.
O pensamento
arminiano foi assim resumido:
1. O homem nunca é de tal modo corrompido pelo
pecado que não possa crer [salvificamente] no Evangelho, uma vez que este lhe
seja apresentado;
2. O homem nunca é de tal modo controlado por Deus
que não possa rejeitá-lo;
3. A eleição divina daqueles que serão salvos
alicerça-se sobre o fato da previsão divina de que eles haverão de crer, por
sua própria deliberação;
4. A morte de Cristo não garantiu a salvação para
ninguém, pois não garantiu o dom da fé para ninguém (e nem mesmo existe tal
dom); o que ela fez foi criar a possibilidade de salvação para todo aquele que
crê;
5. Depende inteiramente dos crentes manterem-se em
um estado de graça, conservando a sua fé; aqueles que falham nesse ponto
desviam-se e se perdem.
A reposta
calvinista pode ser resumida assim:
1. Depravação total. [“Devido à queda, o
homem é incapaz de, por si mesmo, crer de modo salvador no Evangelho.”]
2. Eleição incondicional. - [A escolha
divina de certos indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo,
repousou tão somente na Sua soberana vontade.]
3. Expiação limitada - [A obra
redentora de Cristo foi intencionada para salvar somente os eleitos e, de fato,
assegurou a salvação destes].
4. Graça irresistível - [Além da
chamada externa à salvação, que é feita de modo geral a todos que ouvem o
evangelho, o Espírito Santo estende aos eleitos uma chamada especial interna, a
qual inevitavelmente os traz à salvação].
5. Perseverança dos salvos -
[Todos aqueles que são escolhidos por Deus e a quem o Espírito concedeu a fé,
são eternamente salvos. São mantidos na fé pelo poder do Deus Todo Poderoso e
nela perseveram até o fim. Os cinco pontos do calvinismo]
03
Provas histórica
da doutrina batista da eleição
Nós
os batistas herdamos esta doutrina dos reformadores e dos puritanos. Os
separatista ingleses eram batistas particulares (expiação limitada
1633).
A
Confissão de Fé Batista de 1644; 1677; 1689 e sua reimpressão no tempo de
Spurgeon (1834-1892) revela a posição dos batista por mais de 200 anos. Vejam
uma estrato da confissão de fé batista de 1689 (C. de Fé p. 26).
A
Mensagem Batista de 1925 revisada em 1963) - diz no cap. V que fala sobe o
propósito da graça de Deus:
A
eleição é o propósito gracioso de Deus, de acordo com o qual ele regenera,
santifica e glorifica pecadores. É coerente com a livre agencia do homem e
compreende todos os meios relacionados com o fim. É a gloriosa demonstração da
bondade soberana de Deus, que é infinitamente sábio, santo e imutável. Exclui o
orgulho e promove a humildade. (Convenção Batista
Do Sul EUA)
Desta forma
podemos afirmar historicamente que os batista sempre mantiveram esta posição
Bíblica.
Provas Bíblicas da doutrina da eleição
1.
Jesus e a eleição - Em Marcos 13:20 Jesus fala de
dias de sofrimentos sendo abreviados por causa dos eleitos de Deus. No
verso 22, Jesus fala que os falsos professara se possível enganaria até os
próprios “eleitos”. No v. 27, Jesus fala que em sua vinda os “eleitos” serão
reunidos em sua presença. Em Lucas 18: 7 Jesus diz que Deus fará justiça
aos seus escolhidos que oram a ele dia e noite. João 6:37 Todo aquele que o Pai
me dá, esse virá a mim [...] 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai,
que me enviou, não o trouxer; [...] v.65-66. João
15:16,19.
Os livros de 1Pe 5:13 e 2Jo 1:1 falam
dos Eleitos com sendo um modo dos crentes serem tratados.
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2.
Paulo e a eleição - (Rom 8:29) “Porquanto aos
que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E
aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou;
e aos que justificou, a esses também glorificou”. Rom 9:11 “E
ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal ( para
que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não
por obras, mas por aquele que chama )...” Rom 11:5 “Assim, pois, também agora,
no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da
graça. 6 E, se é pela graça, já não é pelas obras; do
contrário, a graça já não é graça. 7 Que diremos, pois? O que Israel busca,
isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram
endurecidos...”.
Ef 1:4 “Assim como nos escolheu nele antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos
predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo,
segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua
graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado 11 nele, digo, no
qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que
faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12 a fim de
sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo.
2 Ts 2:13 Entretanto, devemos sempre dar
graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu
desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na
verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho,
para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
Os propósitos da Eleição
1. Propósitos primários -
para louvor da gloriosa graça de Deus. “...e em amor nos predestinou [...]
para louvor da glória de sua graça”. (Ef. 1.5,6.) “Nele, fomos [...],
predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o
conselho da sua vontade, 12 a fim de sermos para louvor da sua glória
[...]. (Ef. 1.11-12)
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2. Propósitos
secundários.
· Para
sermos salvos, santos e irrepreensíveis.
“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por
vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para
a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também
vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso
Senhor Jesus Cristo”. (2 Ts 2:13,14).
· “Assim
como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele”. (Ef 1:4)
· Para
sermos como Cristo - semelhante a Ele.
(Rom
8:29) Deus os “predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a
fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Ele não nos elegeu para
vivermos como o mundo vive. (Fl. 2.15)
“Não vos amoldeis aos perdões deste mundo, mas
transformai-vos pela renovação...”. “Rom. 12.2)
A NECESSIDADE DA
ELEIÇÃO
A eleição torna-se necessária
pelos menos por 4 razões:
1. Porque todo homem sem Cristo estar morto
em seus pecados. Gen. 2.17. Ef. 2.1. Ro. 5.8.
E assim a natureza humana não quer buscar a Deus.
Jo. 5.40. Ro. 8:5-8.
2. Porque todo homem é por natureza escravo
do pecado. (Jo. 8: 34,32, 36)
3. Porque nenhum homem pode crer e escolher
a Deus por sua própria vontade, embora, jamais alguém virá a Ele de contra vontade.
Primeira razão - em última instância o que o homem natural deseja é Deus. Jo. 5.40. Veja o que a
escolha de Adão antes do pecado! (Gen. 2.17. 3:1-3)
Segundo, porque eleição não
depende de nada que o homem faça, nem mesmo da “fé” prevista. Dizemos
isso porque entendemos que a fé é um dom de Deus. (Ef. 2.8) e porque a eleição
precede à fé. “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para levar os eleitos
de Deus à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade”. Tit
1:1 NVI. “[...] “Fé que é dos eleitos de Deus” (ARA) E também “...porque
a fé não é de todos”.
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(2Ts 3:2). Paulo, diz ainda em 1 Coríntios
1:30 que “É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus...
(NVI)
4. Por que há um intercâmbio entre o Pai e
o Filho na atração dos pecadores a Deus.
João 6:37 Todo aquele que o Pai me dá, esse
virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 44 Ninguém
pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia. v.65-66. João 5: 40 Contudo, não quereis
vir a mim para terdes vida.
Conclusão
Primeiramente - A Eleição
trás ao crente um senso de humildade e dependência de Deus.
Ele não pode se orgulhar de ser um eleito. Porque “isto não vem de vós
é dom de Deus”. (Ef. 2.8. 1 Pd. 5.6.) Ele entende que tudo que tem vem
do Senhor. E por isso se si gloriar, gloriar-se no Senhor. (Jr. 9.23-24)
Segundo, a eleição trás segurança,
convicção e ousadia ao crente de modo que este pode dizer: “Que
diremos pois diante dessas coisas? Se Deus é por nós quem será contra nós?”. (Ro.
8:28-39)
Ele não se deixa vencer pelo medo porque tem consciência de que seu Deus se assenta sobre o trono do universo e reina sobre tudo e sobre todos. Não cai um só folha sem sua ordem. O Deus que sustenta uma bolha sobre o vento é o mesmo que sustenta a terra, céu, o mar e tudo que ele criou.
E o santo sabe que é eleito de Deus. Ele sabe que
aquele que conta os fios de cabelos de nossas cabeças, e que chama todas as estrelas
pelos seus pespectivos nomes, “garante o [nosso] futuro”. (Sl. 16.5)
Os santos estão ativo e esperançosos pelo fato de
Deus os ter escolhidos e garantido sua preservação para sempre. (Rom. 8:38-39)
Alegre-te eleito, pois sua causa estará de pé em Deus.
Amém!.
[Foi prega na igreja Boas
Nova cujo pastor é o Carlos Alberto]
Esse material estar na forma de folheto e
ainda estar em desenvolvimento. Posteriormente publicarei o livro intitulado: “C.H.
Spurgeon e a doutrina da eleição”. Já estar escrito! Ore para que logo possamos
publicá-lo de alguma forma para que muitos o leiam.
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